Aprenda como você pode usar algumas estratégias para ensinar limites a seus filhos
Sem dúvida você está cansado de saber isso: para ensinar limites a seus filhos, antes de mais nada, você precisará ser um bom exemplo comportamental dentro e fora de casa. Se você não dá o exemplo de auto controle com alimentação, horários e estilo de vida, seu filho irá perceber.
Mas de nada adiantará usar as estratégias corretas se estiverem baseadas em princípios errados. Dito isso, vamos começar a estudar como você pode conseguir o seu objetivo.
Em primeiro lugar é importante frisar: disciplina jamais deve ser sinônimo de violência, seja ela física ou verbal. E autoridade não deve ser confundida com autoritarismo. Lembre-se: o exemplo é tudo.
Atualmente há leis que regulam este tema, proibindo palmadas, Porém, hoje a ciência e os especialistas já tem estudos comprovando o efeito negativo formas de violência corporal e verbal.
Pesquisadores de Universidades dos EUA realizaram um estudo concluindo que quanto mais violência as crianças sofrem, mais desafiam os pais e apresentam desvios de comportamento.
Além disso, o máximo que você vai conseguir é que ela se comporte na sua frente por um breve período de tempo.
Para que você consiga impor limites, precisará estar seguro e ser firme em sua disposição. Será preciso paciência e muita repetição dos “comandos” e regras a serem seguidas em sua casa.
Outro ponto importantíssimo é aprender como resolver os conflitos que irão surgir pacificamente, através de relacionamentos e respeito mútuos.
Sobre isso, uma ótima leitura é o livro Comunicação Não-violenta, de Marshall B. Rosenberg. Com excelentes técnicas para melhorar os relacionamentos interpessoais e as abordagens em confrontos e conflitos.
Bom, agora que já temos uma base vamos primeiro olhar o que NÃO devemos fazer, para que você possa se policiar. Vários destes tópicos são cobertos no livro também.
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O que NÃO fazer na hora de educar o seu filho:
- Usar de comunicação agressiva: gritar ou falar de forma bruta.
- Suplicar a seu filho: “Filhinho, não faz assim, por favor”.
Utilizar mensagens ambíguas ou sem uma conotação específica: “Se você não parar, você vai ver”.
- “Terceirizar” a criação de seu filho: deixar com tios, avós ou babás
- Busque o equilíbrio: não seja muito rígido nem muito liberal.
- Dar ordens o tempo todo
- Castigos frequentes e desproporcionais – evite dar continuidade neste ciclo – busque o diálogo sempre.
- Barganhar. O certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo. Explique o motivo e não barganhe.
O próximo passo agora é saber se devemos ou não utilizar os castigos. Embora o uso de violência física ou verbal não devam ser usados, o castigo sem dúvida é uma ferramenta que pode ser explorada.
Castigos: utilizá-los ou não?
Embora seja controverso, eles podem ser utilizados. Entretanto, há maneiras certas e erradas de aplicar as punições. O castigo deve ser utilizado para mostrar que todo ato tem consequências – e não como uma punição ou o chamado reforço negativo.
Além disso, a criança precisa entender que regras devem ser seguidas para viver em sociedade. Por isso é melhor que ela aprenda desde cedo em casa, em um ambiente controlado, com muito diálogo e explicações, do que deixar este aprendizado para a vida.
No entanto estas regras do jogo devem estar bem claras antes de o castigo ser aplicado, por menor que seja.
É essencial aplicar estas sanções no momento e da maneira correta. Lembre-se que as crianças testam nossos limites.
Então para impor limites temos que recorrer sempre a castigos e sanções? Não necessariamente. Diálogo e afeto também devem ser utilizados SEMPRE, em primeiro lugar antes de mais nada.
Embora nós tenhamos a tendência a acreditar que seguiremos por esse caminho como modo padrão, é inacreditável como nos pegamos perdendo a paciência, dando ordens e aplicando castigo indiscriminadamente.
Portanto nunca é demais frisar: comunicação é a chave, mas sempre quando feita de forma não violenta, sem abusos e com respeito mútuo.
É interessante notar que castigo na maior parte das vezes tem uma conotação negativa, remetendo a abusos e violência. Entretanto a nossa sociedade está repleta de castigos: multas, reprovações, demissões e muitos outros.
Grande parte destas situações não são justas. E irão acontecer não importa o quanto você tente evitá-las.
A vida não é justa, não importa o quanto você tente mudar este fato. Sobre este assunto também sugiro outra leitura, “Arrume a sua cama”, por William H. Mcraven.
Portanto, uma vez mais: não adianta evitar a responsabilidade e deixar a educação desses limites e punições para a vida.
Usados de maneira correta e consciente, os castigos e sanções podem ser utilizados para demonstrar como é a vida em sociedade.
Uma vez mais: é importante frisar que é melhor que ela aprenda em um ambiente controlado, com afeto e sem violência, que seus atos têm consequências.
Para finalizar, educar não é uma tarefa fácil e você vai precisar de ajuda fora do núcleo familiar.
AJUDA DE FORA: O PAPEL DA ESCOLA E DO ESPORTE
A educação e por conseguinte o ensinamento das habilidades sociais, entre as quais o limite se encontra é feita de forma conjunta: em casa, na escola e em outras atividades que seu filho venha a realizar.
Algumas escolas possuem muito claro um papel de autoridade. Outras vezes mais autoritário, com pouco ou nenhum espaço para o diálogo. Mas por outro lado há também aquelas “tias” que nos trataram com carinho mesmo quando fizemos algo ruim ou faltamos com o respeito.
De qualquer forma a escola como instituição e os professores e funcionários em um nível mais pessoal auxiliam nesse aprendizado da extensão e importância dos limites.
Logo, atividades fora do núcleo familiar são essenciais. Para auxiliar nesta empreitada esportes são uma ótima opção, mas acredito que melhores ainda são as artes marciais. Com uma faixa preta de jiu jitsu e uma marrom de judô pude ver muitas vezes estes benefícios.
Entre as arte marciais, se destacam as de origem japonesa, que prezam pela disciplina, hierarquia e auto controle.
E dentre essas, na minha opinião, o jiu jitsu é uma das melhores, por trabalhar todos estes pontos integrados com o treinamento de técnicas de DEFESA PESSOAL.
E como exatamente o treinamento de jiu jitsu fará isso?
COMO AS AULA DE JUDÔ E JIU JITSU PODEM AJUDAR A ENSINAR LIMITES A SEU FILHO
Algumas artes marciais, em especial o Judô e o Brazilian Jiu Jitsu tem suas raízes na cultura japonesa. Por isso, valores como respeito, disciplina, ética e comportamento social são muito trabalhados.
Desta forma fornecemos às crianças ferramentas necessárias para seu desenvolvimento mental, social e físico. Os principais focos da nossa metodologia são:
- Respeito, Disciplina, Auto Estima, Foco e Concentração
- Controle de obesidade
- Defesa pessoal
- Proteção contra o BULLYING
- Saber ganhar e perder
- Lidar com a Frustração
- Socialização e interação
Crianças aprendem através de jogos
As crianças aprendem de maneira diferente do que os adultos. Seus cérebros e corpos jovens e ainda em desenvolvimento estão preparados para explorar e descobrir coisas novas.
Através dessa ferramenta as disputas são introduzidas, assim como também regras, o ganhar e o perder, auto controle e o respeito pelos companheiros.
Entretanto, brincar por si só não é suficiente para criar um ambiente de aprendizado adequado e você não espera que seu filho ou filha seja um faixa preta em brincadeira.
Para evitar isso, as brincadeiras são direcionadas e focadas e os jogos devem ter um objetivo, desde aprender a fazer uma reverência ou fila, passando por aprendizados motores, até os princípios técnicos necessários.
E nessas brincadeiras são introduzidos os princípios de convivência de maneira lúdica, utilizando pequenas sanções caso o comportamento se desvie das regras comportamentais exigidas para a boa convivência no dojô.
Com relação ao desenvolvimento pessoal, aprenderão a manter a calma, serem mais disciplinados e a respeitar as diferenças, entre outros pontos.
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